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A Chave Para Viver a Sua Vocação (e Mudar de Vida!)

Era 2017, em Ponta Grossa (PR).

Uma cidade conhecida pela batata frita, mas que pra mim significou muito mais naquele ano. Foi lá que tudo mudou. 

Foi um ano intenso, daqueles que a gente mergulha de cabeça e não quer voltar pra superfície. Águas profundas, convivências, célula... Era tanta coisa nova!

E aí veio dezembro, com o retiro final em Ponta Grossa. Senti como se estivesse voltando pra casa, mas uma casa que eu nunca tinha conhecido. 

Uma sensação de pertencimento, de matar a saudade de algo que eu nunca tinha vivido. Era como se uma parte de mim sempre tivesse estado lá, esperando pra ser encontrada.

Foi nesse momento que a sementinha foi plantada. Aquele vazio que eu carregava dentro de mim, aquela sensação de que faltava algo, começou a ser preenchido. Era a minha vocação se revelando, e acredite, a aventura estava só começando.

Mas encontrar a vocação não é o final da história, né? É só o começo. E que aventura!

Mas não pense que é um mar de rosas. Tem espinhos também. Dificuldades, frustrações, quedas, conflitos... tudo isso faz parte do caminho.

Viver a vocação exige entrega, exige sacrifício. É como se a gente abrisse o peito, olhasse pra dentro de verdade, sem medo. É encarar as feridas, a dor, sem anestesia. É se permitir ser moldado, transformado.

Já ouviu aquela frase: "Sem cruz, não há coroa"? Pois é, a gente cresce nos desafios, nas dificuldades. É ali que a gente se fortalece, aprende e amadurece.

Hoje, dia de Santa Teresinha, lembrei de algo que aprendi com ela: o amor é a resposta. Sempre. Nos grandes momentos, nos gestos simples do dia a dia, o amor guia. Amar é a verdadeira vocação.

Às vezes a gente pensa que vocação é algo grandioso, extraordinário. Mas a verdade é que a vocação se encontra nas coisas simples: no cuidado com a família, no trabalho, no estudo, no serviço ao próximo.

É como um artista que se dedica à sua obra, um atleta que se esforça para alcançar a medalha, uma mãe que se doa por seus filhos. A vocação é a força que nos impulsiona, que nos dá sentido.

Mas como descobrir essa vocação? Como saber qual é o nosso chamado? Essa pergunta me inquietou por muito tempo.

E a resposta, muitas vezes, está em olhar para dentro. 

Parece clichê, né? Mas é a pura verdade. Quando a gente se permite ouvir a voz de Deus, tudo se encaixa.

As peças do quebra-cabeça se juntam, e a gente começa a enxergar o caminho com mais clareza.

E exige coragem e muita persistência.

Mas não se engane, a jornada não é fácil. É preciso lutar, persistir, e nunca desistir da sua vocação.