O Papa Francisco e os Chuveiros que Mudaram Roma

O Papa Francisco instalou chuveiros nos banheiros públicos da Praça São Pedro, um gesto simples, mas vital, para que os moradores de rua que vivem nos arredores do Vaticano pudessem cuidar da sua higiene pessoal.

Dezenas de paróquias romanas, nos bairros mais frequentados pelos sem-teto, também foram equipadas com chuveiros para atendê-los. Mais do que uma iniciativa social, essas ações revelavam quem era o Papa Francisco. 

Ele me mostrou um caminho para viver a fé no dia a dia, uma fé prática que se manifesta em gestos concretos.

Num mundo onde o egoísmo e a busca por prazeres imediatos parecem ofuscar a atenção ao próximo, Francisco trouxe de volta a humanidade cristã, lembrando-nos do essencial.

Se há um legado que guardarei dele, é seu olhar compassivo para o necessitado. Aprendi que a fé não vive de palavras, mas de gestos.

Vou lembrar da sua profunda humildade e dos seus gestos simples, que falavam sobre quem ele era. Carregava a própria pasta, fazia ligações pessoais a quem precisava, abraçava os doentes, acolhia os sem-teto e lavava os pés de presidiários, quebrando barreiras simbólicas e reais.

Em tudo isso, Francisco nos relembrou a lição central de Jesus Cristo: amar o próximo como a si mesmo.

E agora, é preciso seguir seu exemplo. Porque ser católico, no fim das contas, se mede pela forma como tratamos os últimos, os pequenos, os que ninguém vê.